quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Rush time

E o que faz mesmo a diferença é ser indiferente. A vida de quem quer ser prático, pra se adaptar à realidade. Tempo curto, café pequeno, passos contados, contas, trabalhos, concursos, emails, carreira, supermercado, problemas, amigos, trânsito, enfim.

No meio das vírgulas, das entrelinhas, do subconsciente que seja, ainda existe vida, mesmo que não haja espaço suficiente entre o cartão de ponto e o semáforo pra saber dizer o que ela é.

E quem ainda não aprendeu a regular o despertador pra “vida de adulto século XXI” vai ter um pouco mais de dificuldade pra saber como são os sentimentos na versão 2.0. Não interessa se vocês tem interesses em comum. Não interessa se a química é perfeita. Não interessa se vocês tem vontade de ligar um para o outro no fim de semana. As relações não tem nome. Não tem data de início. Todo mundo começa dizendo que não quer nada, assim fica mais fácil sair sem ter que pedir a conta.

Fácil, simples, prático. Não se apegue a ninguém. Não ultrapasse a barreira dos beijos, sexo e sensações. Não goste de ninguém a mais do que o limite racional. Não faz bem pra agenda.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quero verão no meu inverno

Ainda não terminei meu colar de contas
Ainda não terminei de ver o sol ir embora
Não vai ainda não
Não vai que eu ainda não desisti
De acertar o açúcar do seu café
Não vai que ainda tem preguiça de sobra nessa rede
Não vai que ainda tem sal na sua roupa
Não vai que minha bermuda ainda cheira a cloro
Não precisa se despedir
Não precisa fazer drama pra dizer que precisa ir
Não precisa dizer que gostar vai te fazer doer
Não precisa dizer ainda que o nosso bem faz mal a você
Deita aqui
Esquece de falar, continua a me abraçar
Não pense no que eu penso
Eu te olho nos olhos com minhas mãos em seus cabelos