quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Rush time

E o que faz mesmo a diferença é ser indiferente. A vida de quem quer ser prático, pra se adaptar à realidade. Tempo curto, café pequeno, passos contados, contas, trabalhos, concursos, emails, carreira, supermercado, problemas, amigos, trânsito, enfim.

No meio das vírgulas, das entrelinhas, do subconsciente que seja, ainda existe vida, mesmo que não haja espaço suficiente entre o cartão de ponto e o semáforo pra saber dizer o que ela é.

E quem ainda não aprendeu a regular o despertador pra “vida de adulto século XXI” vai ter um pouco mais de dificuldade pra saber como são os sentimentos na versão 2.0. Não interessa se vocês tem interesses em comum. Não interessa se a química é perfeita. Não interessa se vocês tem vontade de ligar um para o outro no fim de semana. As relações não tem nome. Não tem data de início. Todo mundo começa dizendo que não quer nada, assim fica mais fácil sair sem ter que pedir a conta.

Fácil, simples, prático. Não se apegue a ninguém. Não ultrapasse a barreira dos beijos, sexo e sensações. Não goste de ninguém a mais do que o limite racional. Não faz bem pra agenda.

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