quinta-feira, 25 de agosto de 2011

diálogo aberto

- como tá o tempo ai dentro?
- cinzento
- até quando estou aqui?
- não. mas não deveria te dizer isso
- por que?
- porque não é direito arrancar borboletas do estômago e entrega-las de mão beijada.
- tens medo de mim?
- e de mim também.
- não quero te dar minhas cicatrizes. nem tocar nas suas.
- ótimo, é o que eu queria ouvir.
- e agora? o que fazemos? nos amamos?
- isso não existe.
- o que existe então?
- sexo e amizade.
- pra mim, ta de bom tamanho.


Se amaram mais do que muita gente. Sem ver, sem querer.

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