segunda-feira, 6 de maio de 2013

Não é saudade, mas não sei qual é o nome.

Sabe aquele nome que todo mundo (ou quase todo mundo) costuma ter na família que, se for dito, gera um mal estar, um clima tenso? Com essa parte eu aprendi a lidar. Mas o que acontece quando esse nome vai parar na inscrição de uma lápide? Como que a gente tem que se sentir? O sentimentos da família inteira agora são pedaços de um vaso partido há muito tempo. Uns mais inteiros, outros mais rachados. Ainda não catei minha parte dos cacos para dar nome ao que estou sentindo. Não sei o que é. Não chorei de saudade, mas sim de angústia. Esperei um pedido de perdão que nunca veio. Teve quem precisasse desse perdão ainda mais que eu. Admito, não busquei esse perdão, não procurei entender as razões e as explicações para uma personalidade sempre tão misteriosa, distante e que sempre me causou tanto medo. Não entendia a raiva que via naqueles olhos. Que ecoava nas palavras ríspidas e que sempre faziam tanta questão de afastar todo mundo. Não desejo mal, mas já senti muita raiva e já sofri demais por tudo que vi e ouvi a respeito do nome tabu. Agora é mais do que não desejar mal. Desejo paz, luz, redenção e o que mais couber nesse sentido. Quero que ele sinta pelo menos uma vez, mesmo já do outro lado, uma paz que ele sempre rejeitou. Chega de sofrimento. Já basta as perguntas que ninguém vai conseguir responder. Não tem mais nada em jogo. Acabou. Que Deus te olhe.

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