sábado, 15 de novembro de 2008

Tarde, cinema e pipoca

O dia mais solitário da minha vida teve sol
Teve vento na cara e qualquer coisa com o gosto doce de pudim na minha boca
O dia mais solitário da minha vida foi azul, não cinza
As pessoas passavam por mim sorrindo todas suas felicidades
As verdades tinham o mesmo gosto, meio doce e meio amargo
E as crianças continuavam gostando de bala de maçã verde e piscina
O ônibus passou atrasado, como sempre
Eu me esforcei pra esconder minha amargura quando precisei ceder assento a uma senhora
A temperatura ficou amena, sem previsões de chuva
Tudo seguia a mais perfeita ordem universal
E eu simplesmente acordei só.
Sem dramas, sem café, sem radiohead
Só.
Assim como a palavra é só.
Assim como tudo tem que ser como é.
A solidão é o que é. Não precisa dos floreios mórbidos da tristeza.

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